Mamãe, posso ir com você hoje? Sofia olhou para sua mãe Lúcia, com aqueles olhos grandes e esperançosos que faziam qualquer pessoa ceder aos seus pedidos. Lúcia suspirou, ajeitando o uniforme de limpeza. “Minha filha, você sabe que não posso levar você para o trabalho, mas hoje não tem aula.” A professora ficou doente e mandaram todo mundo para casa.
Era verdade. Sofia havia chegado da escola às 10 da manhã com um bilhete da diretora. Lúcia trabalhava como fachineira no edifício empresarial Millennium Tower, no centro de São Paulo, e normalmente deixava Sofia com a vizinha dona Vera. A dona Vera viajou para Campinas visitar a filha, continuou Sofia. E você disse que não posso ficar sozinha em casa.
Lúcia olhou para o relógio. Estava atrasada. Trabalhar num dos prédios mais importantes da cidade exigia pontualidade absoluta. Está bem, mas você fica quietinha no almoxarifado, tá bom? Não pode ficar andando pelos corredores. Prometo, mamãe. Sofia pulou de alegria. Aos 7 anos, era uma menina curiosa e inteligente. Morava com a mãe num apartamento pequeno na Vila Madalena.

Seu pai havia morrido quando ela era bebê. Então era só ela e Lúcia contra o mundo. O edifício Millenium Tower tinha 40 andares e abrigava várias empresas importantes. Lúcia trabalhava principalmente nos andares 35 ao 40, onde ficava a Almeida Tech, empresa de segurança digital do empresário Henrique Almeida.
Sofia, disse Lúcia enquanto entravam no elevador. Lembra da dona Irina que mora no nosso prédio? A velhinha russa que fala engraçado? Isso mesmo. Você aprendeu algumas palavras em russo com ela, né? Sofia assentiu. Dona Irina era uma senhora de 80 anos que havia fugido da Rússia na juventude.
Ela adorava Sofia e sempre a ensinava palavras em russo quando se encontravam no corredor do prédio. Por que está perguntando isso, mamãe? Só curiosidade. Na verdade, Lúcia estava pensando numa conversa estranha que havia escutado no dia anterior. Alguns homens que se diziam seguranças estavam falando numa língua que lembrava o jeito de dona Irina falar.
Chegaram ao 35º andar. Era um ambiente moderno, com paredes de vidro, carpete cinza e uma vista impressionante da cidade. Uau, mamãe, é aqui que você trabalha? É aqui mesmo. Agora vem. Vou te mostrar onde você vai ficar. O almoxarifado ficava no final do corredor, próximo aos elevadores de serviço.
Era um ambiente pequeno, mas confortável, com algumas cadeiras e uma mesa onde Lúcia fazia suas pausas. “Trouxe seu livro de colorir e os lápis”, disse Lúcia, tirando o material da bolsa. “Fica aqui desenhando enquanto eu trabalho. Tá bom.” Tá bom, mamãe. Sofia se acomodou na mesa e começou a colorir um desenho de princesa, mas logo ficou entediada.
Era difícil para uma menina de 7 anos ficar parada num lugar fechado. Escutou vozes no corredor e ficou curiosa. Espiou pela porta entreaberta e viu dois homens altos, vestidos de terno preto, caminhando em direção aos elevadores. Eles falavam baixo, mas Sofia conseguiu escutar algumas palavras. Segúnia veteron viponing plan.
Sofia arregalou os olhos. Ela conhecia aqueles sons. Dona Irina falava assim quando estava brava ou preocupada. Henrique Almeida não vai saber o que o atingiu. Sofia entendeu o nome. Henrique Almeida era o dono da empresa onde sua mãe trabalhava. Dona Lúcia sempre falava dele como um patrão justo e gentil.
Os homens se afastaram, mas Sofia havia escutado o suficiente para ficar preocupada. Alguma coisa estava errada. saiu do almoxarifado e caminhou pelo corredor, tentando encontrar sua mãe. Lúcia estava limpando as janelas da sala de reuniões principal. “Mamãe, preciso te contar uma coisa importante. Sofia, o que você está fazendo fora do almoxarifado?” “Mamãe, escuta, vi dois homens falando russo.
Eles falaram o nome do seu patrão.” Lúcia parou de limpar. Russo. Tem certeza? Tenho. Era igual dona Irina. E eles falaram Henrique Almeida depois. Minha filha, você deve ter entendido errado. Os seguranças do prédio são todos brasileiros. Mas mamãe, eu tenho certeza. Dona Irina me ensinou que quando ela fala daquele jeito, é russo de verdade. Lúcia balançou a cabeça.
Sofia, volta para o almoxarifado. Você está imaginando coisas. Sofia ficou frustrada. Porque os adultos nunca acreditavam nela? voltou relutante para o almoxarifado, mas não conseguia se concentrar no desenho. Alguma coisa estava errada e ela sabia disso. Uma hora depois, escutou o movimento no corredor novamente. Era o mesmo grupo de homens, mas agora eram três.
Sofia se escondeu atrás da porta, deixando apenas uma fresta para espiar. Planotov Almeida conferen Sofia não entendeu todas as palavras, mas reconheceu Almeida novamente. E o tom de voz dos homens era definitivamente ameaçador. Um dos homens falou em português: “A reunião é às 3 da tarde, temos 2 horas para nos preparar e o material já está instalado na sala de reuniões.
Quando ele se sentar na cadeira principal, bom! Sofia sentiu um frio na barriga. Eles estavam planejando algo ruim para o Senr. Henrique. Esperou os homens se afastarem e correu atrás da mãe novamente. Mamãe, mamãe, eles estão planejando algo ruim. Sofia já disse para não inventar histórias. Não estou inventando. Eles falaram em explosão e numa reunião às 3 horas.
Lúcia parou o que estava fazendo e olhou para a filha. Sofia estava claramente assustada e agitada. Minha filha, mesmo que você tenha escutado alguma coisa, não é nossa responsabilidade. Somos só funcionárias da limpeza. Mas, mamãe, se alguma coisa acontecer com o Senr. Henrique, você pode perder o emprego e ele pode se machucar.

Lúcia suspirou. Sofia tinha um ponto. Henrique Almeida era conhecido por tratar bem todos os funcionários, inclusive as equipes de limpeza. Era um patrão raro. Está bem, vou falar com o supervisor de segurança. Mas quando chegaram ao balcão de segurança, quem estava lá era exatamente um dos homens que Sofia havia visto falando russo.
“Em que posso ajudá-las?”, perguntou ele com um sorriso falso. Sofia apertou a mão da mãe, tentando alertá-la, mas Lúcia não percebeu. “Minha filha diz que escutou algo estranho sobre uma reunião do Sr. Henrique.” O homem olhou para Sofia com olhos frios. O que exatamente ela escutou? Sofia sentiu medo.
Aquele homem não era confiável. “Nada importante”, disse ela rapidamente. “Acho que me confundi. Crianças têm muita imaginação mesmo”, disse o homem. “Não se preocupem”. Quando se afastaram, Sofia puxou sua mãe pelo braço. “Mamãe, aquele é um dos homens que falavam russo. Sofia, chega! Você está ficando paranoica.” Mas Sofia sabia que precisava fazer alguma coisa. O Sr.
Henrique estava em perigo e ninguém acreditava nela. Era meio-dia. A reunião seria às 3 da tarde. Sofia tinha 3 horas para descobrir como avisar o empresário sobre o perigo e ela não ia desistir. Sofia voltou para o almoxarifado, mas sua mente fervilhava de ideias. Precisava encontrar uma maneira de avisar Henrique Almeida sobre o perigo.
Lembrou-se de que sua mãe havia deixado o celular na bolsa. Lúcia sempre dizia para Sofia não mexer no telefone, mas essa era uma emergência. Pegou o celular e abriu o aplicativo de gravação. Dona Irina havia ensinado isso a ela quando brincavam de repórter.
Sofia saiu do almoxarifado silenciosamente e foi em direção ao corredor, onde havia visto os homens conversando. Talvez eles voltassem. Esperou escondida atrás de uma planta decorativa por quase 30 minutos. Finalmente escutou voz se aproximando. Eram os mesmos três homens, agora acompanhados de mais dois. Sofia ligou a gravação e aproximou o celular o máximo que pode os documentos.
Assim que ele morrer, invadimos o sistema e roubamos todos os projetos militares. O governo russo pagará muito bem por essa informação. Sofia arregalou os olhos. Eles não eram apenas criminosos, eram espiões. Stoites as Fidetley. Não haverá testemunhas. A explosão parecerá um acidente com o sistema elétrico.
Sofia conseguiu gravar quase 5 minutos da conversa antes os homens se afastarem. Seu coração batia tão forte que tinha certeza de que eles poderiam escutar. Correu de volta para o almoxarifado e analisou a gravação. Estava um pouco baixa, mas dava para escutar tudo. Agora o problema era como fazer alguém acreditar nela. Sofia pensou em todas as pessoas que conhecia no prédio. Sua mãe não acreditava.
Os seguranças eram parte da conspiração. Estava a tentar falar diretamente com Henrique Almeida, mas como uma menina de 7 anos chegaria até um empresário milionário. Sofia lembrou que sua mãe sempre comentava sobre a secretária do Senr. Henrique, dona Regina. Lúcia dizia que ela era muito gentil e sempre cumprimentava os funcionários da limpeza.
Decidiu procurar dona Regina, saiu do almoxarifado e foi até o andar da diretoria. Era um ambiente ainda mais luxuoso, com móveis de couro e quadros caros nas paredes. Na recepção, uma mulher elegante de uns 50 anos atendia telefones e organizava papéis. “Com licença”, disse Sofia tímidamente. Regina olhou para baixo e viu a menina.
“Oi, querida. Você não é filha da dona Lúcia?” “Sou sim. A senhora é dona Regina? Sou eu mesma. O que você está fazendo aqui em cima? Sofia respirou fundo. Dona Regina, preciso falar com o Senr. Henrique, é muito importante. Regina sorriu. Meu amor, o Senr. Henrique está muito ocupado se preparando para uma reunião importante.
É sobre essa reunião. Ele está em perigo. A expressão de Regina mudou. Como assim em perigo? Sofia mostrou o celular. Gravei uns homens falando russo. Eles estão planejando algo ruim para a reunião das 3 horas. Regina hesitou. Era óbvio que achava a história estranha, mas Sofia parecia genuinamente assustada. Me deixa escutar.
Sofia colocou a gravação para tocar. Regina escutou alguns segundos e franziu a testa. Querida, eu não entendo o russo e essa gravação está muito baixa. Mas eu entendo um pouco. Dona Irina, minha vizinha, me ensinou. Eles falaram sobre explosão e sobre roubar documentos.
Nesse momento, a porta do escritório de Henrique se abriu. Um homem alto de uns 50 anos, com cabelos grisalhos e terno elegante, apareceu: “Regina, já confirmou a lista de participantes da reunião?” “Sim, senor Henrique, mas tem uma situação aqui.” Henrique olhou para Sofia. E quem é essa pequena? É filha da dona Lúcia da equipe de limpeza.
Ela diz que o senhor está em perigo. Henrique riu gentilmente. Em perigo de quê? Sofia se aproximou dele. Senhor Henrique, uns homens ruins estão planejando uma explosão na sua reunião. Uma explosão? Henrique parou de sorrir. Como sabe disso? Escutei eles falando russo. Minha vizinha me ensinou russo e eu entendi que eles querem machucar o senhor.
Henrique se ajoelhou para ficar na altura de Sofia. Onde você escutou isso? No corredor do 35º andar. Eles se vestem como seguranças, mas falam russo. Sofia, disse Henrique gentilmente. Você tem certeza do que escutou? Tenho. Até gravei. Sofia mostrou o celular. Henrique escutou a gravação com atenção. Não entendo o russo disse ele depois.
Mas realmente há pessoas falando numa língua estrangeira. Senr. Henrique, disse Regina. Talvez devêsemos cancelar a reunião. Não posso cancelar. É o fechamento do maior contrato da empresa. Vale 50 milhões de reais. Sofia puxou a manga do terno dele. Mas, senhor Henrique, se o senhor morrer, não vai adiantar nada ter 50 milhões.
Henrique olhou nos olhos determinados da menina e viu sinceridade absoluta. Sabe de uma coisa, Sofia? Vou investigar o que você me contou. De verdade? De verdade, mas preciso que você fique no almoxarifado com sua mãe até eu resolver isso, tá bom? Sofia a sentiu aliviada. Finalmente alguém acreditava nela.
Regina, disse Henrique, ligue para o capitão Moreira da Polícia Federal. Conte sobre a denúncia da Sofia. Sim, senhor. Henrique olhou novamente para Sofia. Obrigado por me avisar sobre o perigo. Você é uma menina muito corajosa. Sofia sorriu. Só quero que o senhor fique bem. Minha mãe diz que o senhor é um patrão bom. Sua mãe é uma funcionária excelente e você é uma filha muito especial.
Enquanto Sofia voltava para o almoxarifado, Henrique ficou pensativo. Era uma história estranha, mas algo na seriedade da menina o convenceu a investigar. Afinal, quando se tratava de segurança, era melhor prevenir do que remediar. E se Sofia estivesse certa, ela havia acabado de salvar sua vida. Henrique foi direto para a sala de segurança do prédio.
Queria revisar as câmeras dos últimos dias e verificar se havia algo suspeito. Marcos, disse ele ao supervisor de segurança, preciso ver as gravações do 35º andar dos últimos dois dias. Algum problema, senr Henrique? Só uma checagem de rotina. Marcos era um funcionário confiável que trabalhava na Almeida Tech há mais de 10 anos.
Se alguém podia ajudar, era ele. Revisaram as imagens juntos. Henrique prestava atenção especial nos corredores onde Sofia disse ter visto os homens conversando. “Pare aí”, disse Henrique quando viu três homens conversando próximo aos elevadores. “Quem são esses? Novos seguranças. foram contratados na semana passada pela empresa terceirizada.
Não me lembro de aprovar novos seguranças. Marcos franziu a testa. A aprovação veio do departamento de RH, mas posso verificar. Continuaram assistindo. Os homens realmente pareciam estar tendo conversas longas e reservadas em locais isolados. Marcos, consegue aumentar o áudio dessa parte? Marcos mexeu nos controles.
Um murmúrio baixo se tornou audível, mas era impossível entender as palavras. Senhor Henrique, quer que eu chame esses funcionários para uma conversa? Não, ainda. Primeiro vou verificar suas referências. Henrique voltou para seu escritório e ligou para o diretor de RH. Paulo, sobre os novos seguranças contratados esta semana. Quais novas seguranças, Senr.
Henrique, não contratamos ninguém novo. Henrique sentiu um frio na barriga. Como assim? Não há nenhuma autorização para novos funcionários de segurança. Nosso quadro está completo. Mas eles estão trabalhando no prédio há uma semana. Isso é impossível. A menos que a menos que o quê? A menos que alguém tenha falsificado os documentos de contratação.
Henrique desligou o telefone e ligou imediatamente para a Polícia Federal. O capitão Moreira era um contato antigo que cuidava da segurança de empresas estratégicas. Capitão Henrique Almeida, preciso de ajuda urgente. O que aconteceu? Suspeita de espionagem industrial, possivelmente internacional. Estou a caminho.
Enquanto esperava a polícia, Henrique decidiu verificar a sala de reuniões pessoalmente. Pegou Marcos e foram juntos ao local onde a reunião aconteceria. Era uma sala ampla com uma mesa de vidro para 20 pessoas. As cadeiras eram de couro italiano e havia um sistema de videoconferência de última geração. Marcos, vamos verificar se há algo estranho aqui. Começaram a examinar a sala detalhadamente.
Henrique verificou embaixo da mesa principal, enquanto Marcos checava os equipamentos eletrônicos. “Senhor Henrique”, chamou Marcos com voz preocupada. Tem algo aqui embaixo da mesa. Henrique se abaixou e viu um pequeno dispositivo preto preso sob a mesa, exatamente onde ficaria sua cadeira. Isso não deveria estar aí.
É algum tipo de equipamento nosso? Definitivamente não. Henrique fotografou o dispositivo sem tocá-lo. Parecia um aparelho eletrônico sofisticado. Possivelmente uma bomba. Marcos, preciso que você evacue discretamente este andar. Diga que é manutenção no ar condicionado. Sim, senhor.
15 minutos depois, o capitão Moreira chegou com uma equipe especializada em bombas. Henrique, me conta exatamente o que aconteceu. Henrique relatou toda a história, desde o aviso de Sofia até a descoberta do dispositivo. “Uma menina de 7 anos descobriu uma conspiração internacional”, perguntou o capitão incrédulo. “Parece surreal, mas foi exatamente isso. O especialista em explosivos confirmou os piores temores.
Era uma bomba controlada por pressão. Quando alguém se sentasse na cadeira principal, o dispositivo seria ativado. “É um trabalho profissional”, disse o técnico. “Quem fez isso sabe o que está fazendo.” E os suspeitos. Três homens que se passam por seguranças, mas foram infiltrados sem autorização. O capitão Moreira coordenou a operação.
A bomba foi desarmada com segurança e agentes federais se posicionaram estrategicamente pelo prédio. “Vamos esperar eles se moverem”, disse o capitão. “Quando tentarem executar o plano, os prenderemos em flagrante.” Henrique pensou em Sofia. A menina havia salvado não apenas sua vida, mas possivelmente impedido um incidente internacional grave. Capitão, preciso agradecer a pessoa que descobriu isso.
A menina? Ela merece saber que foi ouvida. Henrique desceu ao 35º andar e foi até o almoxarifado. Sofia estava lá desenhando ansiosamente enquanto sua mãe trabalhava. Sofia, chamou ele baixinho. Senhor Henrique, o senhor descobriu se eu estava certa. Você estava completamente certa. Era realmente uma armadilha. Sofia levantou da cadeira.
E agora? Agora a polícia vai prender os homens maus, graças a você. De verdade, de verdade, você salvou minha vida, Sofia. A menina sorriu de orelha a orelha. Lúcia, que havia escutado a conversa, chegou correndo. Senr. Henrique, é verdade que minha filha, sua filha é uma heroína, dona Lúcia. Ela impediu um atentado. Lúcia abraçou Sofia, misturando orgulho e susto.
Minha filha, você podia ter se machucado, mas eu não podia deixar os homens maus machucarem o Senr. Henrique. Mamãe Henrique sorriu. Aquela menina tinha um coração do tamanho do mundo. Em 2 horas, a Polícia Federal havia prendido os cinco espiões russos.
Eles confessaram estar trabalhando para roubar tecnologia militar brasileira. Sofia havia impedido não apenas um assassinato, mas um caso grave de espionagem internacional. E sua vida, assim como a de Henrique, nunca mais seria a mesma. Uma semana depois do incidente, Henrique chamou Sofia e Lúcia para uma reunião em seu escritório. Sofia estava nervosa.
Nunca havia estado num escritório tão elegante. Havia quadros nas paredes, uma mesa gigante de madeira e uma vista incrível da cidade. “Sentem-se, por favor”, disse Henrique indicando duas poltronas confortáveis. “Senor Henrique”, disse Lúcia. “Espero que minha filha não tenha causado problemas.
Pelo contrário, dona Lúcia, Sofia evitou uma tragédia. Henrique se sentou na frente delas. A Polícia Federal confirmou que se tratava de uma operação de espionagem internacional muito séria. Os russos queriam roubar projetos militares estratégicos. E eles foram presos? Perguntou Sofia. Todos os cinco foram presos e serão deportados para a Rússia, onde responderão por espionagem.
Sofia a sentiu satisfeita. Que bom que não conseguiram machucar ninguém. Sofia, disse Henrique, você sabe o que significa ser corajosa? Acho que sim. É não ter medo de fazer a coisa certa. Exatamente. E você foi a pessoa mais corajosa que conheci. Henrique abriu uma gaveta da mesa e tirou um envelope. Quero te dar uma coisa. Sofia olhou para a mãe que a sentiu encorajadoramente.
Dentro do envelope havia um documento oficial e um cartão. Isso é uma bolsa de estudos integral, explicou Henrique. Da educação infantil até a universidade em qualquer curso que você escolher. Lúcia arregalou os olhos. Senhor Henrique, isso é muito generoso. Mas dona Lúcia, não é generosidade, é gratidão.
Sofia salvou minha vida e impediu um crime contra o país. O que é uma bolsa de estudos? Perguntou Sofia. Significa que você pode estudar nas melhores escolas do Brasil sem pagar nada, explicou Henrique. E quando crescer pode fazer faculdade do que quiser. Sofia pensou por um momento. Posso ser qualquer coisa? Pode ser qualquer coisa.
Posso ser policial federal como os moços que prenderam os homens maus? Henrique sorriu. Pode ser policial federal, médica, advogada, empresária, engenheira, o que você quiser. E a mamãe? Sua mãe vai continuar trabalhando aqui pelo tempo que quiser. E quando você estiver estudando, ela não precisará se preocupar com mensalidades. Lúcia começou a chorar. Senr.
Henrique, não sei como agradecer. Não precisam agradecer, precisam aceitar. Sofia levantou da poltrona e abraçou Henrique. Obrigada por acreditar em mim. Obrigado por ter sido corajosa o suficiente para me avisar. Naquela tarde, a história vazou para a imprensa.
Menina de 7 anos impede atentado terrorista, estampavam os jornais. Repórteres queriam entrevistar Sofia, mas Henrique protegeu a família. Sofia é uma criança e deve ser tratada como tal. A Polícia Federal emitiu um comunicado oficial agradecendo a cidadã que colaborou com informações essenciais para desbaratar a operação criminosa.
Sofia virou celebridade na escola. Todos queriam ser amigos da menina que pegou os espiões. Sofia, perguntou sua melhor amiga. Marina, como você sabia que eles eram bandidos? Dona Irina me ensinou que quando a gente escuta alguma coisa estranha, tem que prestar atenção e quando a gente vê alguma coisa errada tem que avisar.
A professora, dona Carmen, usou a história de Sofia para ensinar sobre cidadania. Crianças, a Sofia nos mostrou que não importa a idade, todos podemos ajudar a tornar o mundo mais seguro. Professora, perguntou um menino. Se eu vir algo estranho, posso avisar também? Claro, mas sempre contem para um adulto de confiança primeiro.
Dona Irina ficou orgulhosa quando soube que suas lições de russo haviam sido úteis. Sofia moedorogaia, você usou o que aprendeu para fazer o bem. Dona Irina, o que significa essa palavra que a senhora falou? Significa minha querida, você é uma menina muito especial. Um mês depois, Sofia começou numa escola particular no Morumbi. Era bem diferente da escola pública onde estudava antes.
Mamãe, as carteiras têm almofada e você merece tudo isso, minha filha. Sofia se adaptou rapidamente. Era inteligente e curiosa por natureza. Os professores ficaram impressionados com sua maturidade. “Sofia tem uma capacidade de observação excepcional”, disse a coordenadora pedagógica. e uma coragem rara para sua idade. Henrique acompanhava o progresso de Sofia à distância.
Sempre perguntava para Lúcia como estava indo na escola. Ela está adorando, Sr. Henrique. Só fala nos experimentos de ciências e nas aulas de inglês. E você, dona Lúcia, como está se sentindo? Gratidão, senor Henrique, só gratidão. Sofia havia descoberto sua paixão, investigação. Adorava as aulas de ciências porque podia fazer experimentos.
Gostava de matemática porque envolvia resolver problemas. E sempre que alguém perguntava o que queria ser quando crescesse, a resposta era a mesma: “Quero proteger as pessoas, como o Sr. Henrique me ensinou”. Henrique sabia que havia feito a escolha certa. Não estava apenas retribuindo um favor. Estava investindo no futuro de uma criança excepcional.
E Sofia estava apenas começando a mostrar do que era capaz. Sofia estava agora com 12 anos e cursava o sétimo ano do ensino fundamental numa das melhores escolas de São Paulo. Havia crescido e se tornado uma adolescente confiante e inteligente. Seus cabelos castanhos estavam mais longos e ela usava óculos para ler. Resultado de muito estudo.
Mãe, preciso fazer um projeto sobre profissões para a feira de ciências. Que profissão você vai escolher? perguntou Lúcia, analista de inteligência. Quero pesquisar sobre como os agentes federais trabalham. Lucia sorriu. Sofia nunca havia perdido o interesse por investigação e segurança. Por que não conversa com o senhor Henrique? Ele deve conhecer pessoas da área.
Sofia ligou para Henrique, que agora recebia suas ligações como se fosse família. Senr. Henrique, posso pedir uma ajuda? Claro, Sofia, o que precisa. Estou fazendo um projeto sobre analistas de inteligência. O senhor conhece alguém que trabalha nisso? Henrique Rio. Conheço sim. O capitão Moreira, lembra dele? O policial que prendeu os espiões. Exato.
Ele agora é coronel e trabalha na Agência Brasileira de Inteligência. Quer conversar com ele? Posso mesmo? Vou marcar uma visita para vocês. Uma semana depois, Sofia e Lúcia estavam no prédio da Agência Brasileira de Inteligência em Brasília. Henrique havia conseguido uma autorização especial para a visita. O coronel Moreira os recebeu pessoalmente. Sofia, como você cresceu? Ainda se lembra de mim? Claro.
O senhor é o policial que prendeu os espiões russos. Exato. E você é a menina mais observadora que já conheci. O coronel levou Sofia para conhecer algumas áreas da agência que eram abertas ao público. Coronel, como é o trabalho de um analista de inteligência? Bem, Sofia, é parecido com o que você fez 5 anos atrás. Observar, escutar, analisar informações e identificar ameaças.
Mas vocês fazem isso todo dia? Todo dia protegemos o Brasil de espionagem, terrorismo e crimes organizados. Sofia ficou fascinada com tudo que viu. Salas de análise, equipamentos de comunicação, mapas do mundo inteiro. Sofia, disse o coronel, você já pensou em estudar para trabalhar conosco quando crescer? Posso mesmo? Claro.
Precisa se formar numa universidade primeiro, passar num concurso difícil, mas você tem o perfil ideal. Que perfil? observadora, corajosa, inteligente e, principalmente, quer proteger as pessoas. De volta a São Paulo, Sofia estava ainda mais determinada. Seu projeto da feira de ciências foi um sucesso.
“Meus colegas acharam incrível que eu conheci um coronel de verdade”, contou ela para Henrique numa visita ao escritório. “E o que você achou da experiência? Tenho certeza do que quero fazer quando crescer. Quero proteger o Brasil como vocês me protegeram. Henrique sorriu. Sofia, posso te dar um conselho? Claro. Para ser uma boa analista de inteligência, você precisa estudar muitas coisas: línguas estrangeiras, história, geografia, tecnologia. Estou disposta a estudar tudo. Ótimo.
Então vou te dar mais uma oportunidade. Henrique entregou a Sofia um folder colorido. O que é isso? Um curso de férias na embaixada americana. Você vai aprender inglês avançado e noções de relações internacionais. Sofia abraçou Henrique. Obrigada. O senhor sempre me ajuda a realizar meus sonhos. Você merece todas as oportunidades, Sofia.
Continue sendo essa menina determinada. Aos 15 anos, Sofia estava no segundo ano do ensino médio e já falava fluentemente inglês, espanhol e russo. Dona Irina havia se tornado sua professora particular de russo e Sofia agora dominava o idioma que havia salvado a vida de Henrique. Sofia tiotorochogorisporusque, disse dona Irina numa tarde.
Obrigada, dona Irina. Agora entendo tudo que a senhora fala e isso pode ser muito útil no seu futuro trabalho. Sofia havia se destacado em todas as matérias na escola. Era a melhor aluna da turma em história, geografia e matemática. Sofia, disse a professora de história, seu conhecimento sobre geopolítica internacional é impressionante para sua idade.
Gosto de entender como os países se relacionam, professora. Já decidi o que curso vai fazer na universidade? Relações internacionais. Quero me especializar em inteligência e segurança nacional. Henrique continuava acompanhando o desenvolvimento de Sofia. Agora eles se encontravam mensalmente para conversar sobre estudos e futuro.
Sofia, seus professores dizem que você tem potencial para ser aprovada nas melhores universidades do país. Estou estudando muito para isso, senor Henrique. E seus planos após a universidade. Quero prestar concurso para a Agência Brasileira de Inteligência ou para a Polícia Federal. Por quê? Sofia pensou cuidadosamente antes de responder: “Porque quando eu tinha 7 anos, você me ensinou que proteger pessoas é a coisa mais importante que existe.” Henrique sentiu uma emoção profunda.
A menina que havia salvo sua vida estava se tornando uma jovem dedicada a salvar outras vidas. “Sofia, posso te dar mais um presente?” “Que presente?” Henrique entregou a ela um envelope lacrado. É uma carta de recomendação do Coronel Moreira. para quando você se candidatar à universidade. Sofia abriu a carta e leu. Sofia Oliveira é uma jovem excepcional que aos 7 anos demonstrou coragem e perspicácia para impedir um atentado terrorista. Sua capacidade de observação, determinação e senso de justiça a tornam candidata ideal para
estudos em segurança nacional. Recomendo sem reservas sua admissão em qualquer programa acadêmico. Isso vai me ajudar mesmo? vai te ajudar muito. É uma recomendação de um dos principais oficiais de inteligência do país. Sofia guardou a carta cuidadosamente. Era mais um passo em direção ao seu sonho.
No último ano do ensino médio, Sofia participou de uma simulação das Nações Unidas na escola. Representou o Brasil numa discussão sobre segurança internacional. Delegada do Brasil, disse o moderador, qual sua posição sobre combate ao terrorismo? Sofia se levantou com confiança. O Brasil acredita que a melhor forma de combater o terrorismo é através da cooperação internacional e do fortalecimento dos sistemas de inteligência nacionais.
Ela continuou: “Pequenos gestos de cidadãos conscientes podem prevenir grandes tragédias. é responsabilidade de todos proteger nosso país. A apresentação de Sofia foi aplaudida por toda a simulação. Professores de outras escolas perguntaram quem era aquela jovem tão bem informada. “É a Sofia”, disse sua professora com orgulho.
“Uma aluna muito especial. Quando se formou no ensino médio, Sofia foi oradora da turma. Em seu discurso, falou sobre a importância de cada pessoa fazer sua parte para tornar o mundo mais seguro. Colegas, às vezes pensamos que somos pequenos demais para fazer diferença, mas não é verdade. Cada um de nós pode ser um agente de proteção em nossa sociedade.
Henrique estava na plateia, orgulhoso como um pai. Sofia havia se tornado exatamente o que ele esperava. uma jovem brilhante, determinada e comprometida com o bem comum, e sua jornada estava apenas começando. Sofia foi aprovada, em primeiro lugar no vestibular para Relações Internacionais na Universidade de São Paulo. Aos 18 anos, estava iniciando uma nova fase da vida. Mãe, não acredito que consegui.
Minha filha, você sempre foi especial. Desde pequena mostrava essa inteligência. Lúcia, agora supervisora da equipe de limpeza da Almeida Tech, havia visto a filha crescer e se tornar uma jovem excepcional. No primeiro dia de aula, Sofia conheceu seus colegas. Muitos vinham de famílias ricas, mas ela não se intimidou. Sofia, perguntou uma colega.
Seu pai trabalha com o quê? Na verdade, não tenho pai. Minha mãe trabalha numa empresa e um empresário muito gentil me deu uma bolsa de estudos. Como conseguiu essa bolsa? Sofia sorriu. É uma longa história. Durante o curso, Sofia se destacou em todas as disciplinas.
Seus professores ficavam impressionados com seu conhecimento de geopolítica. Sofia, disse o professor de segurança internacional, sua análise sobre espionagem industrial é muito sofisticada. Tem experiência prática com o tema? Digamos que já presenciei uma situação real, professor. Sofia escreveu sua monografia de conclusão de curso sobre inteligência civil e participação cidadã na segurança nacional.
Usou como estudo de caso o episódio que havia vivido aos 7 anos. A participação de civis na identificação de ameaças é fundamental para a segurança do país”, escreveu ela. Mesmo crianças podem contribuir significativamente quando observam comportamentos suspeitos. O trabalho foi considerado o melhor da turma e recomendado para publicação em revista acadêmica.
Durante a universidade, Sofia fez estágios na Polícia Federal e no Ministério das Relações Exteriores. Em ambos impressionou os supervisores. “Sofia tem um instinto natural para análise de inteligência”, disse o delegado federal que supervisionou seu estágio. Identifica padrões suspeitos com facilidade. No último ano da faculdade, Sofia recebeu uma proposta inesperada.
Sofia, disse o coronel Moreira numa ligação. Gostaria de fazer um estágio especial na Abim? Seria um sonho, coronel. Há uma vaga para estagiário na área de contrainteligência. Seu perfil é perfeito. Sofia passou se meses estagiando na Agência Brasileira de Inteligência. Foi sua primeira experiência realtional. Estagiária Sofia, disse seu supervisor.
Preciso que analise estes relatórios sobre atividades suspeitas em empresas de tecnologia. Sofia examinou os documentos com atenção, identificou padrões de comportamento que indicavam possível espionagem industrial. supervisor.
Há três empresas com funcionários contratados de forma irregular, todos com passaportes de países do Leste Europeu. Excelente observação. Pode elaborar um relatório detalhado? Sofia preparou um relatório de 15 páginas, identificando as irregularidades e sugerindo investigações mais profundas. Este trabalho está no nível de um analista sénior”, disse o supervisor. “Sofia tem futuro brilhante na área.
Quando se formou na universidade, Sofia estava decidida sobre seu futuro.” “Senor Henrique”, disse ela numa visita ao escritório. “Vou prestar concurso para analista da ABIM. Tenho certeza de que será aprovada. E quando me formar como analista, quero trabalhar especificamente com contrainteligência empresarial. Por quê? Porque foi assim que tudo começou, protegendo empresários como o senhor contra espiões.
Henrique sorriu emocionado. Sofia, você se lembra da pergunta que me fez quando tinha 7 anos? Qual pergunta? Se podia ser qualquer coisa quando crescesse. Lembro. E o senhor disse que sim. E agora você escolheu ser exatamente o que o país precisa, uma protetora. Sofia abraçou Henrique. Aprendi com o melhor professor possível. Qual professor? A vida.
E pessoas boas como o senhor que me mostraram que vale a pena lutar pelo que é certo. Dois anos depois de se formar, Sofia foi aprovada em primeiro lugar no concurso para analista de inteligência da ABIM. Aos 24 anos, estava realizando o sonho que cultiva desde os 7 anos de idade.
Analista Sofia Oliveira, disse o diretor da agência na cerimônia de posse. Seja bem-vinda à carreira de inteligência brasileira. Sofia vestia o uniforme com orgulho. Lúcia estava na plateia chorando de emoção. “Minha filha virou uma agente federal de verdade”, sussurrou para Henrique, que havia sido convidado para a cerimônia. Ela sempre foi especial, dona Lúcia.
Sofia foi designada para a divisão de contrainteligência empresarial, exatamente onde queria trabalhar. Analista Sofia, disse seu chefe, Coronel Santos. Sua primeira missão é investigar possível espionagem numa empresa de defesa em São Paulo. Que tipo de empresa? Almeida Tec, especializada em segurança digital para o setor militar. Sofia sorriu ironicamente depois de 17 anos. voltaria a proteger a empresa de Henrique, mas agora como profissional.
Há suspeitas de que funcionários estrangeiros estejam acessando informações classificadas”, continuou o coronel. “Que nacionalidade! Chineses, mas pode haver uma rede internacional envolvida.” Sofia estudou o caso detalhadamente. Três funcionários da área de tecnologia haviam sido contratados recentemente, todos com passaportes chineses.
“Analista Sofia”, disse sua parceira, “vamos fazer reconhecimento na empresa.” Sofia e a agente Carla se passaram por consultoras de segurança e visitaram a Almeida Tec. “Senor Henrique”, disse Sofia quando o encontrou. “Sou a consultora Sofia. vinha avaliar os protocolos de segurança. Henrique quase não reconheceu a menina que havia salvado sua vida.
Sofia estava elegante, profissional, uma mulher adulta e confiante. “Consultora Sofia”, disse ele seguindo o protocolo. “Seja bem-vinda.” Durante a consultoria, Sofia identificou irregularidades nas credenciais dos funcionários suspeitos. Agente Carla”, sussurrou ela, “econtrei evidências de documentação falsificada”.
Que tipo de evidências? Os certificados de universidades chinesas desses funcionários são de instituições que não existem. Sofia instalou discretamente equipamentos de monitoramento nos computadores dos suspeitos. Em uma semana havia coletado evidências suficientes para confirmar espionagem industrial. Coronel Santos, relatou ela, os três funcionários estão transmitindo informações para servidores na China.
Que tipo de informações? Projetos de sistemas de defesa cibernética do exército brasileiro. Isso é traição e espionagem. Vamos prendê-los. A operação foi executada numa terça-feira de manhã. Sofia coordenou a prisão dos três espiões chineses. Analista Sofia, disse o coronel Santos após a operação. Excelente trabalho. Impediu um vazamento de informações estratégicas. Obrigada, coronel. E há algo interessante.
O empresário Henrique Almeida pediu para falar com você. Sofia foi ao escritório de Henrique após a operação. Sofia, disse ele quando ficaram sozinhos. Sou eu mesmo ou você é a menina que escutou os russos falando completou ela sorrindo. Henrique a abraçou emocionado. Não acredito. Você voltou para me proteger de novo.
Na verdade, vim proteger informações do nosso país, mas fico feliz que tenha sido na sua empresa. Sofia, você se tornou exatamente o que sonhou. E tudo começou aqui neste prédio, quando eu tinha 7 anos. Você salvou minha vida duas vezes. Uma aos 7 anos, outra agora. Como assim duas vezes? Desta vez você salvou minha empresa de perder contratos militares. Isso poderia ter me falido. Sofia sorriu.
Então estamos kits? Nunca estaremos kits, Sofia. Você é parte da minha família. Naquela noite, Sofia jantou na casa de Henrique pela primeira vez. Ele havia preparado uma festa surpresa. “Sofia”, disse Henrique brindando a menina corajosa que se tornou a mulher corajosa que protege nosso país. Ao homem que acreditou numa criança e mudou sua vida para sempre.
Lúcia estava presente, orgulhosa da filha que havia criado. “Minha Sofia”, disse ela. “se seu pai ficaria muito orgulhoso. Mamãe, eu tenho certeza de que ele está orgulhoso e de que aprova todas as pessoas boas que nos ajudaram.” Sofia olhou para Henrique, especialmente o senhor, que nunca foi apenas um patrão, foi um anjo.
Sofia Oliveira, agora com 34 anos, era uma das principais analistas de contrainteligência do Brasil. Havia liderado dezenas de operações importantes, desmantelado redes de espionagem e protegido informações estratégicas nacionais. Diretora Sofia, disse seu assistente numa manhã, tem uma reunião com o ministro da defesa às 10 horas.
Sofia havia sido promovida à diretora de contraintteligência da ABIM do anos antes. Era a pessoa mais jovem a ocupar o cargo na história da agência. Diretora, disse o ministro durante a reunião, precisamos conversar sobre o futuro da inteligência brasileira. Pois não, ministro. Você tem um perfil único. Começou muito jovem na área. Tem experiência prática e visão estratégica.
Obrigada, ministro. Gostaríamos que você considerasse se candidatar à diretora geral da ABIN. Sofia ficou surpresa. Seria o cargo mais alto da inteligência civil brasileira. É uma grande responsabilidade, ministro, e você é a pessoa certa para exercê-la. Naquela tarde, Sofia conversou com Henrique sobre a proposta. Senr.
Henrique, lembra quando me perguntou o que eu queria ser quando crescesse? Claro, você disse que queria proteger pessoas. Agora posso proteger o país inteiro. E vai aceitar? Vou, mas antes quero fazer uma coisa. O quê? Quero voltar ao lugar onde tudo começou. Sofia e Henrique foram ao almoxarifado do 35º andar da Almeida Tech.
onde ela havia escutado os espiões russos 27 anos antes. “Foi aqui”, disse ela, tocando a mesa onde havia desenhado naquele dia. “Foi aqui que você salvou minha vida. Foi aqui que você salvou a minha também. Como assim? Se o senhor não tivesse acreditado em mim, eu teria crescido, achando que ninguém escutava crianças. Mas o Senhor me mostrou que minha voz importava.
” Henrique, agora com 77 anos, sorriu emocionado. Sofia, você não imagina o orgulho que sinto de você. Senr Henrique, posso te pedir um favor? Qualquer coisa. Quando eu assumir a direção da Abim, quero que o senhor esteja na cerimônia. Seria uma honra. e quero fazer um discurso sobre a importância de escutar as pessoas independente da idade. Vai ser perfeito.
Três meses depois, Sofia tomou posse como diretoraagal da Agência Brasileira de Inteligência. Em seu discurso, contou a história de como uma menina de 7 anos havia impedido um atentado terrorista. Aprendi muito, jovem que proteger pessoas é responsabilidade de todos”, disse ela.
Desde a criança que observa algo estranho até o analista que investiga ameaças nacionais. A inteligência brasileira precisa estar próxima dos cidadãos, porque são eles nossos olhos e ouvidos em todo o território nacional. E hoje, como diretora geral, prometo que nossa agência sempre escutará quem quiser proteger nosso país.
Na plateia, Henrique e Lúcia assistiam orgulhosos. Dona Lúcia, sussurrou Henrique. Sua filha se tornou uma das pessoas mais importantes do Brasil. E tudo começou com sua bondade de acreditar numa criança. Após a cerimônia, Sofia abraçou Henrique. Obrigada por ter sido meu primeiro mentor. Obrigado por ter sido minha primeira professora.
Professora, você me ensinou que proteger alguém é a coisa mais importante que podemos fazer na vida. Sofia sorriu e o senhor me ensinou que sempre vale a pena lutar pelo que é certo. 15 anos depois, Sofia havia se tornado uma lenda na inteligência brasileira. Sob sua liderança, a Abin havia desmantelado mais redes de espionagem internacional do que em toda sua história anterior.
Sofia, agora com 49 anos, decidiu criar um programa especial. Jovens observadores. Era um projeto que treinava crianças e adolescentes para identificar atividades suspeitas em suas comunidades. “Diretora Sofia”, perguntou um jornalista durante uma entrevista.
“Por que investir em crianças para a segurança nacional?” “Por que foi uma criança que salvou minha vida profissional?”, respondeu ela. “E por que crianças veem coisas que adultos às vezes ignoram? O programa se tornou um sucesso. Centenas de jovens em todo o Brasil foram treinados para colaborar com a segurança nacional. Uma manhã, Sofia recebeu uma ligação especial.
Diretora, tem uma menina de 8 anos aqui na recepção. Diz que viu algo estranho e quer falar com a senhora. Sofia sorriu. Mande ela subir. A menina se chamava Ana e havia observado homens estranhos fotografando uma base militar próxima sua escola. Ana, disse Sofia, me conta exatamente o que você viu. A menina relatou detalhadamente os comportamentos suspeitos que havia observado.
Você fez muito bem em vir aqui, disse Sofia. Vamos investigar. A denúncia de Ana levou à descoberta de uma célula de espionagem internacional. Ana, disse Sofia após resolver o caso. Você salvou informações muito importantes do nosso país. De verdade? De verdade, você é uma heroína. Como a senhora era quando era pequena. Sofia sorriu. Exato. Como eu era.
Naquela tarde, Sofia visitou Henrique, que aos 92 anos ainda era lúcido e ativo. “Senor Henrique, sabe o que aconteceu hoje?” “Me conta.” Uma menina de 8 anos impediu uma operação de espionagem igual a mim há 42 anos. A história se repetindo, a história se continuando. Estamos formando uma nova geração de protetores. Henrique segurou a mão de Sofia.
Você realizou tudo que sonhou e mais um pouco. Graças ao senhor que acreditou numa criança maluca que escutou estrangeiros falando russo. Graças a você que teve coragem de avisar sobre o perigo. Sofia olhou pela janela do escritório onde tudo havia começado. Senhor Henrique, obrigada por ter mudado minha vida.
Obrigado por ter salvado a minha e por ter me ensinado que proteger pessoas é a missão mais importante que existe. Henrique sorriu. Sofia, você não apenas aprendeu a lição, você se tornou a professora. Naquela noite, Sofia escreveu em seu diário: “Hoje completo 42 anos desde que uma menina de 7 anos escutou espiões falando russo.
Aquela menina não sabia que estava mudando não apenas uma vida, mas definindo uma vocação. Agora, como diretora geral da ABIM, continuo protegendo pessoas e ensinando novas crianças a fazer o mesmo, porque aprendi que a segurança nacional começa com cidadãos corajosos, independentemente da idade. Obrigada, Henrique Almeida, por ter acreditado. Obrigada, mamãe, por ter me criado com coragem.
e obrigada à vida por ter-me mostrado que pequenos gestos podem mudar tudo. A garotinha que ouviu os guardas falando russo se tornou a mulher que protege o Brasil inteiro. E a história continua: “Nunca subestime o poder de observação de uma criança.
Sofia nos ensina que coragem não tem idade e que às vezes os menores entre nós são capazes dos maiores gestos de heroísmo. A verdadeira segurança nacional começa com cidadãos atentos e corajosos. Gostou desta história de coragem e determinação? Deixe seu like, se inscreva no canal e conte nos comentários de qual país você está nos assistindo.
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